Nesse blogger pretendo deixar materiais sobre gravitação, cosmologia e assuntos de física em geral além de tópicos sobre programação em PYTHON. Espero que gostem.
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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Meu Primeiro Podcast
Como meu Primeiro PodCast, coloquei a minha música Zarpar.
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Musica
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Python no Symbian, controlando o celular via bluetooth no Ubuntu.
Para quem deseja desenvolver, de forma rápida e eficiente, aplicativos para celulares com o sistema operacional symbian, PYTHON é uma ferramenta poderosa.
Para baixar e instalar o python em celulares com symbian clique aqui ou aqui.
Para acessar o python através do Ubuntu, via bluetooth, o primeiro passo é instalar o bluez-utils e o cu
$ sudo apt-get install bluez-utils
$ sudo apt-get install cu
Agora, abra um terminal e resete o HCI
$ hciconfig reset
Cheque que o dispositivo exite:
$hcitool dev
Registre uma porta serial, use canal 2.
$ sdptool add --channel=2 sp
Agora liste o canal :
$ sudo rfcomm listen rfcomm2 2
Esteja certo de que o bluetooth do seu aparelho esteja ligado. Inicie o PythonScriptShell no celular. Aperte opções e em seguida escolha Bluetooth console.
Agora abra outro terminal e execute:
$ cu -l /dev/rfcomm2
Após aparecer a connected no terminal, pressione Enter e irá aparecer na tela >>>, indicando que já é possível ter acesso as funções do celular desde o computador via python.
Vamos a um pequeno oi mundo.
Digite no terminal:
>>> import appuifw
>>> appuifwe.note(u'Oi Mundo','info')
Na tela do celular irá aparece a mensagem "Oi Mundo".
Para baixar e instalar o python em celulares com symbian clique aqui ou aqui.
Para acessar o python através do Ubuntu, via bluetooth, o primeiro passo é instalar o bluez-utils e o cu
$ sudo apt-get install bluez-utils
$ sudo apt-get install cu
Agora, abra um terminal e resete o HCI
$ hciconfig reset
Cheque que o dispositivo exite:
$hcitool dev
Registre uma porta serial, use canal 2.
$ sdptool add --channel=2 sp
Agora liste o canal :
$ sudo rfcomm listen rfcomm2 2
Esteja certo de que o bluetooth do seu aparelho esteja ligado. Inicie o PythonScriptShell no celular. Aperte opções e em seguida escolha Bluetooth console.
Agora abra outro terminal e execute:
$ cu -l /dev/rfcomm2
Após aparecer a connected no terminal, pressione Enter e irá aparecer na tela >>>, indicando que já é possível ter acesso as funções do celular desde o computador via python.
Vamos a um pequeno oi mundo.
Digite no terminal:
>>> import appuifw
>>> appuifwe.note(u'Oi Mundo','info')
Na tela do celular irá aparece a mensagem "Oi Mundo".
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Um Buraco de Verme no Bolso da Minha Jaqueta?
Brevissima Introdução
Essa postagem abre uma série que conta as aventuras de um jovem adolescente, chamado Marcos, que em uma bela manha, se depara com um fato extraordinário. Ao colocar a mão em um bolso interno de sua jaqueta, nosso jovem herói é sugado para um lugar que ele jamais poderia imaginar existir. Em sua misteriosa jornada, Marcos acaba por descobrir algumas das grandes questões sobre o Universo e os seus componentes. Cara, mais que viajem!
Até aquele instante, nada de anormal havia acontecido. Bem, anormal no sentido de minha rotina de lutar contra o sono que insiste em manter meus olhos bem fechados, embora minha mão gritasse:
-Marcos, levanta logo e vem tomar o café, se não você vai chegar atrasado na escola.
Era uma manhã fria, e estranhamente me senti atraído para usar uma velha jaqueta que a muito tempo estava esquecida no canto do armário. Não a vesti imediatamente, mas a joguei sobre a cama ainda bagunçada.
Depois de muita, mas muita dificuldade, cheguei a sala para tomar o café da manhã.
E ai filhão, animado com seu dia na escola. Estudou para a prova de matemática de hoje. Perguntou meu pai.
A prova é hoje, como pude me esquecer, e agora.
...Continuo amanhã...
sábado, 27 de novembro de 2010
Temperatura da terra sobe e o gelo marinho aumente?
Nesse link está uma reportagem com o título "Pesquisa britânica sobre clima revela tendências conflitantes".
Em resumo, nessa reportagem é apresentado que nos últimos dez anos ocorreu um aumento da temperatura média da terra (apesar de temperatura média não possuir significado físico ;p), de forma mais lenta que nas décadas anteriores. Porém, o estudo mostrou que o nível de gelo marinho também aumentou. Isso significa que aumento da temperatura resulta em mais gelo? Claro que não.
A resposta é, ainda serão necessários mais estudos para entender o que realmente está acontecendo.
Enfim, a grande questão sobre qual direção o clima da terra está tomando ainda é algo em aberto. A única coisa que é correta é que o clima é dinâmico e de forma geral é governado pelo caos. Assim, o mesmo segue o seu caminho independentemente de nossos anseios por domá-lo.
Nota: Temperatura é uma propriedade termodinâmica intensiva e não extensiva. Para clarificar tem-se o exemplo:
Em uma sala encontra-se um copo de água com gelo, uma xícara de café bem quente e a temperatura da sala, que é registrada no termômetro de parede é de 30 graus Celsius.
Agora façamos o seguinte, peguemos o copos de água e café e coloquemos os dois próximos um do outro. Em seguida, restringimos nossa analise a região próxima ao copos. O que podemos dizer sobre a temperatura ali? O fato é que enquanto o sistema não estiver em equilíbrio, só poderemos falar da temperatura de cada ente e não somar as temperaturas da sala e as dos líquidos nos copos e dividir por três.
Podemos dizer algo sobre a troca de energia total entre os sistemas. A energia retirada do ar da sala para aquecer o copo de gelo é muito pequena para baixar significantemente a energia cinética média das moléculas do meio, assim, a temperatura da sala deverá se manter a 30 graus Celsius. O mesmo vale para a xícara de café. A energia eliminada pelo café é muito pequena para aumentar a temperatura da sala. Ou ainda, o quanto é absorvido pela água gelada será parcialmente compensado pelo resfriamento do café.
Agora, temperatura média, pra mim é papo furado...
Em resumo, nessa reportagem é apresentado que nos últimos dez anos ocorreu um aumento da temperatura média da terra (apesar de temperatura média não possuir significado físico ;p), de forma mais lenta que nas décadas anteriores. Porém, o estudo mostrou que o nível de gelo marinho também aumentou. Isso significa que aumento da temperatura resulta em mais gelo? Claro que não.
A resposta é, ainda serão necessários mais estudos para entender o que realmente está acontecendo.
Enfim, a grande questão sobre qual direção o clima da terra está tomando ainda é algo em aberto. A única coisa que é correta é que o clima é dinâmico e de forma geral é governado pelo caos. Assim, o mesmo segue o seu caminho independentemente de nossos anseios por domá-lo.
Nota: Temperatura é uma propriedade termodinâmica intensiva e não extensiva. Para clarificar tem-se o exemplo:
Em uma sala encontra-se um copo de água com gelo, uma xícara de café bem quente e a temperatura da sala, que é registrada no termômetro de parede é de 30 graus Celsius.
Agora façamos o seguinte, peguemos o copos de água e café e coloquemos os dois próximos um do outro. Em seguida, restringimos nossa analise a região próxima ao copos. O que podemos dizer sobre a temperatura ali? O fato é que enquanto o sistema não estiver em equilíbrio, só poderemos falar da temperatura de cada ente e não somar as temperaturas da sala e as dos líquidos nos copos e dividir por três.
Podemos dizer algo sobre a troca de energia total entre os sistemas. A energia retirada do ar da sala para aquecer o copo de gelo é muito pequena para baixar significantemente a energia cinética média das moléculas do meio, assim, a temperatura da sala deverá se manter a 30 graus Celsius. O mesmo vale para a xícara de café. A energia eliminada pelo café é muito pequena para aumentar a temperatura da sala. Ou ainda, o quanto é absorvido pela água gelada será parcialmente compensado pelo resfriamento do café.
Agora, temperatura média, pra mim é papo furado...
terça-feira, 2 de novembro de 2010
EU SOU O QUE SOU E NADA MAIS.
Sou o meu EU por completo;
Não fragmentos daquilo que faço;
Minha completude é de plena mutação.
Tal como o espaço-tempo
Em sua dança frenética de expansão e contração.
Sou água, ferro e fogo;
Energia pulsante, vida que vai além do que chamamos material.
EU sou meus sonhos e ilusões;
Pedra que repousa no fundo do mar;
Hidrogênio queimado no núcleo de uma estrela qualquer.
Sou pai e sou filho;
Sou o espirito errante que anceia o saber.
Sou tudo que sou;
O que existir a mais um dia virá;
Do contrario, não importa,
pois EU já terei deixado de ser.
EU SOU O QUE SOU E NADA MAIS.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O Universo revelado com Python
Minha apresentação da Python Brasil[6] em Curitiba. Esta apresentação é sobre Astrofísica e Cosmologia, Computação Científica. Tudo isso com Python. Também tem um exemplo de construção de código esqueleto usando dia2code a partir de diagramas de classe do dia. Python brasil[6]
Veja maisapresentações de Eduardo S. Pereira.
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Astrofísica,
Python
domingo, 17 de outubro de 2010
O que são Buracos Negros
Buracos negros, objetos estranhos com propriedades mais estranhas ainda. Nessa apresentação é sobre esses magníficos "monstros" astrofísicos. Para saber mais, veja a postagem Buracos negros quando o espaco-tempo se rompe. Buracos negros
Veja mais apresentações de Eduardo S. Pereira.
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Astrofísica
Palestra: introdução ao Python
Nessa palestra é apresentado noções básicas de Python. Os temas abordados são:
- Introdução: Por que Python; O que é Python; Uma Breve História da Linguagem.
- Iniciando com Python: O clássico oi mundo
- Estruturas Condicionais
- Funções
- Módulos
Introducao python 2010
Veja mais apresentações de Eduardo S. Pereira.
Abaixo estão algumas apostilas usadas como apoio para essa apresentação:
A. S. Nogueira. Programando em Python Módulo básico. 2009.
Aprenda a Programar - Luciano Ramalho
Tutorial Python 2.4 (escrito por GuidoVanRossum e traduzido pela equipe PythonBrasil)
Mais materiais sobre a linguagem veja em python.org.br.
Abaixo estão algumas apostilas usadas como apoio para essa apresentação:
A. S. Nogueira. Programando em Python Módulo básico. 2009.
Aprenda a Programar - Luciano Ramalho
Tutorial Python 2.4 (escrito por GuidoVanRossum e traduzido pela equipe PythonBrasil)
Mais materiais sobre a linguagem veja em python.org.br.
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Python
domingo, 10 de outubro de 2010
Continuar download do firefox que foi interrompido.
Quem já não passou por isso, deixou aquele arquivo enorme baixando a noite inteira ai você acorda de manhã e algo errado acontece. Noventa por cento do arquivo já baixado e o download é interrompido, você pede o firefox para reiniciar e ele começa do zero. A melhor alternativa nesse caso é a seguinte, verifique o arquivo .part que o firefox gera. Se estiver com uma bom tamanho faça o seguinte:
- Copie o link de onde do arquivo que teve o download interrompido;
- Abra o terminal na pasta onde o arquivo foi parcialmente baixado;
- retire a extensão .part do arquivo;
- No terminal digite wget -c
;
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Ubuntu
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
O sistema Solar
Nesse palestra é abordado as características físicas do sistema solar, as leis de Kepler para o movimento dos planetas, as fases da lua e o mecanismo de ocorrência de eclipses (Lunar e Solar).O sistema solar
Veja outras apresentações de Eduardo S. Pereira.
Os vídeos usados na apresentação podem ser baixados nos seguintes endereços:
Os vídeos usados na apresentação podem ser baixados nos seguintes endereços:
EclipseLunar.flv
Clique aqui para baixar a apostila do curso de introdução a astronomia a astrofísica do inpe. Essa palestra foi baseada no capítulo 3 dessa apostila.
Clique aqui para baixar a apostila do curso de introdução a astronomia a astrofísica do inpe. Essa palestra foi baseada no capítulo 3 dessa apostila.
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Astrofísica
domingo, 19 de setembro de 2010
Python e Fortran 77
É muito comum escutar no meio acadêmico que o motivo de não se utilizar o PYTHON é que o mesmo, por ser uma linguagem script é muito lento. Na verdade o que está por traz disso é o fato de que a linguagem dominante na ciência (inclusive no desenvolvimento de modelos que fazem projeção de que as geleiras do Himalaia irão derreter em 2020 ;p ) é FORTRAN 77.
É verdade sim que rodar a discretização de uma equação diferencial parcial (EDP) em PYTHON é mais lenta. Mas para isso, temos a solução, usar o melhor de dois mundo, com f2py é possível compilar uma função em fortran empacota-la ("wrap") e chama-la em python. Dessa forma, é possível fazer só a discretização da EDP em fortran, na forma de uma função por exemplo, e chama-la em python.
Segue um "Oi Mundo" de como fazer isso.
Primeiro vamos ao código em FORTRAN 77.
c file: oimundo.f
subroutine oi(a)
real*8 a
cf2py real intent(in) a
write(6,*) 'Oi Mundo! O valor de a e: ',a
end
Agora vamos empacotar essa função para ser entendida pelo python.
sh> f2py -c -m oimundo oimundo.f
O comando -m cria o modulo oimundo já o comando -c compila o arquivo oimundo.f
Feito isso é só rodar o python
sh> python
>>import oimundo
>>oimundo.oi(5)
>> Oi Mundo! O valor de a e: 5.0
É verdade sim que rodar a discretização de uma equação diferencial parcial (EDP) em PYTHON é mais lenta. Mas para isso, temos a solução, usar o melhor de dois mundo, com f2py é possível compilar uma função em fortran empacota-la ("wrap") e chama-la em python. Dessa forma, é possível fazer só a discretização da EDP em fortran, na forma de uma função por exemplo, e chama-la em python.
Segue um "Oi Mundo" de como fazer isso.
Primeiro vamos ao código em FORTRAN 77.
c file: oimundo.f
subroutine oi(a)
real*8 a
cf2py real intent(in) a
write(6,*) 'Oi Mundo! O valor de a e: ',a
end
Agora vamos empacotar essa função para ser entendida pelo python.
sh> f2py -c -m oimundo oimundo.f
O comando -m cria o modulo oimundo já o comando -c compila o arquivo oimundo.f
Feito isso é só rodar o python
sh> python
>>import oimundo
>>oimundo.oi(5)
>> Oi Mundo! O valor de a e: 5.0
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Python
Eduardo e Monica, versão nerd
Esse quadrinho está ótimo, a fonte é http://nerdson.com/blog/os-nerds-tambem-amam-4/, que é um blog muito bom.
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Diversão.
domingo, 5 de setembro de 2010
The Developers Conference 2010.
Abaixo está apresentação que fiz no "The Developer's Conference 2010" , falando das vantagens de se fazer computação científica com Python e uma aplicação que estou desenvolvendo em astrofísica e cosmologia.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Massive Black Hole Binary Systems in Hierarchical Scenario of Structure Formation
Esse é um artigo que deixei recentemente no Arxiv.
Nesse trabalho eu apresento uma forma de calcular a densidade numérica de sistemas binários de buracos negros supermassivos usando uma extensão do formalismo tipo Press-Schecher. Para ver o artigo completo clique aqui.
Abaixo segue o resumo em inglês do artigo:
Nesse trabalho eu apresento uma forma de calcular a densidade numérica de sistemas binários de buracos negros supermassivos usando uma extensão do formalismo tipo Press-Schecher. Para ver o artigo completo clique aqui.
Abaixo segue o resumo em inglês do artigo:
Recently, it has increased the observational evidence that, in most galaxies there are massive black holes (MBH). On the other hand, the hierarchical scenario of structure formation describe which objects like galaxies and galaxy clusters are formatted by mergers of small objects. In this context, we can suppose that mergers of galaxies leads to the formation of MBH binary systems. It is expected that the merger of two MBH produces a gravitational waves signal detectable by the Laser Interferometer Space Antenna (LISA). In this work, we use the Press-Schechter formalism and its extention to take into account the analytical form for the merger rate of haloes that contains massive black holes. Also, we describe a way to determine the number of binary systems of MBH.
Até a próxima.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
The Developer's Conference 2010
The Developer's Conference 2010
Esta é a 4a edição do The Developer's Conference, e a Globalcode reuniu toda sua rede de parceiros e profissionais para criar o evento mais completo do ano, sem perder a profundidade necessária para abordar cada tema.Cada trilha é praticamente um evento independente, e está sendo organizado por um parceiro especialista com o apoio da Globalcode que tem expertise na realização de eventos e educação.
Data
Dias 20, 21 e 22 de Agosto de 2010Horário
Das 9 às 18:30 hLocal
Universidade Anhembi MorumbiRua Casa do Ator, 275
Itaim Bibi, São Paulo - SP
Informações
informacoes@thedevelopersconference.com.brou
leandro@globalcode.com.br
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Minhas Musicas - Zarpar
Olá, a todos. Já algum tempo eu escrevi e gravei essa musica no meu velho desktop, agora resolvi deixar disponível on-line, sob a licença creative commons.
Para ouvir é só apertar o "play" abaixo:
Abaixo está a letra.
zarpar de Eduardo dos Santos Pereira Está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported.
Para ouvir é só apertar o "play" abaixo:
Abaixo está a letra.
Zarpar :
O meu coração é como um barco;
Sem destino certo, nem hora de zarpar.
A vida é assim,
Quando menos se espera;
O vento te leva a outro lugar.
Vamos viajar;
nesse mar de sonhos;
A espera que um dia;
Eu possa encontrar;
A felicidade;
Que habita o teu olhar.
Foi assim tão simples;
Como o despertar das rosas;
em manhã de primavera;
vindo me acordar;
Com grande beleza;
Que me encantou;
Logo que te conheci.
Vamos viajar;
nesse mar de sonhos;
A espera que um dia;
Eu possa encontrar;
A felicidade;
Que habita o teu olhar.
zarpar de Eduardo dos Santos Pereira Está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Criando figuras 3D com python e matplotlib
Olá a todos.
Eu estava precisando de gerar uns gráficos 3d de um trabalho que estou fazendo, então descobri que é possível fazer esses gráfico com python usando o módulo matplotlib. A figura abaixo é um exemplo do que eu estou falando:
As letras gregas que dão nomes ao eixos são obtidas usando comandos nativos de latex ($\rho$, $\mu$, $\theta$).
Veja como é relativamente simples usar essa ferramenta.
O primeiro passo é importar os módulos necessários.
Note que o módulo usado para gerar o gráfico 3d chama-se "mpl_toolkits.mplot3d.axes3d".
Vamos definir as variáveis e a função z=f(x,y).
# u e v são variávies paramétricas.
# u é um vetor que varia de 0 a 2*pi, com 100 elementos
u=r_[0:2*pi:100j]
# v é um vetor que varia de 0 a 2*pi, com 100 elementos
v=r_[0:pi:100j]
# x, y, e z são as coordenadas no pontos para se criar o gráfico
#
x=10*outer(cos(u),sin(v))
y=10*outer(sin(u),sin(v))
z=10*outer(ones(size(u)),cos(v))
Agora vamos gerar o gráfico e salva-lo em um arquivo png.
fig=p.figure()
ax = p3.Axes3D(fig)
ax.plot_wireframe(x,y,z)
ax.set_xlabel(r'$ \rho $')
ax.set_ylabel(r'$ \mu $')
ax.set_zlabel(r'$ \theta $')
p.savefig('fig3d.png')
Segue o código completo abaixo:
from numpy import *
import pylab as p
import mpl_toolkits.mplot3d.axes3d as p3
# u and v are parametric variables.
# u is an array from 0 to 2*pi, with 100 elements
u=r_[0:2*pi:100j]
# v is an array from 0 to 2*pi, with 100 elements
v=r_[0:pi:100j]
# x, y, and z are the coordinates of the points for plotting
# each is arranged in a 100x100 array
x=10*outer(cos(u),sin(v))
y=10*outer(sin(u),sin(v))
z=10*outer(ones(size(u)),cos(v))
fig=p.figure()
ax = p3.Axes3D(fig)
ax.plot_wireframe(x,y,z)
ax.set_xlabel(r'$ \rho $')
ax.set_ylabel(r'$ \mu $')
ax.set_zlabel(r'$ \theta $')
p.savefig('fig3d.png')
Para quem quiser saber mais, veja http://matplotlib.sourceforge.net/mpl_toolkits/mplot3d/index.html
Até a próxima.
Eu estava precisando de gerar uns gráficos 3d de um trabalho que estou fazendo, então descobri que é possível fazer esses gráfico com python usando o módulo matplotlib. A figura abaixo é um exemplo do que eu estou falando:
As letras gregas que dão nomes ao eixos são obtidas usando comandos nativos de latex ($\rho$, $\mu$, $\theta$).
Veja como é relativamente simples usar essa ferramenta.
O primeiro passo é importar os módulos necessários.
from numpy import *
import pylab as p
import mpl_toolkits.mplot3d.axes3d as p3
import pylab as p
import mpl_toolkits.mplot3d.axes3d as p3
Note que o módulo usado para gerar o gráfico 3d chama-se "mpl_toolkits.mplot3d.axes3d".
Vamos definir as variáveis e a função z=f(x,y).
# u é um vetor que varia de 0 a 2*pi, com 100 elementos
u=r_[0:2*pi:100j]
# v é um vetor que varia de 0 a 2*pi, com 100 elementos
v=r_[0:pi:100j]
# x, y, e z são as coordenadas no pontos para se criar o gráfico
#
x=10*outer(cos(u),sin(v))
y=10*outer(sin(u),sin(v))
z=10*outer(ones(size(u)),cos(v))
Agora vamos gerar o gráfico e salva-lo em um arquivo png.
fig=p.figure()
ax = p3.Axes3D(fig)
ax.plot_wireframe(x,y,z)
ax.set_xlabel(r'$ \rho $')
ax.set_ylabel(r'$ \mu $')
ax.set_zlabel(r'$ \theta $')
p.savefig('fig3d.png')
Segue o código completo abaixo:
from numpy import *
import pylab as p
import mpl_toolkits.mplot3d.axes3d as p3
# u and v are parametric variables.
# u is an array from 0 to 2*pi, with 100 elements
u=r_[0:2*pi:100j]
# v is an array from 0 to 2*pi, with 100 elements
v=r_[0:pi:100j]
# x, y, and z are the coordinates of the points for plotting
# each is arranged in a 100x100 array
x=10*outer(cos(u),sin(v))
y=10*outer(sin(u),sin(v))
z=10*outer(ones(size(u)),cos(v))
fig=p.figure()
ax = p3.Axes3D(fig)
ax.plot_wireframe(x,y,z)
ax.set_xlabel(r'$ \rho $')
ax.set_ylabel(r'$ \mu $')
ax.set_zlabel(r'$ \theta $')
p.savefig('fig3d.png')
Para quem quiser saber mais, veja http://matplotlib.sourceforge.net/mpl_toolkits/mplot3d/index.html
Até a próxima.
sábado, 17 de julho de 2010
O paradoxo da mãe boa e a não existência do inferno medieval
Decidi escrever essa postagem para relembrar minha passagem pelo curso de filosofia, durante a graduação de física, quando cursei a disciplina filosofia da religião.
Um aviso aos leitores. Nessa postagem quero que encarem o que está escrito aqui mais como um exercício de construção lógica do que religiosa. Comentários sempre são bem vindos, desde que respeitem a opinião aqui apresentada e de outros, pois não tenho a intenção de ofender as crenças e visão de ninguém. Críticas construtivas são sempre bem vinda. Comentários anônimos não serão aceitos.
Antes de mais nada, o que é um paradoxo?
No google, digitando "define:paradoxo", uma definição que será encontada é:
"Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum..." (pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxo)
Antes de apresentar o problema é preciso deixar claro algumas hipóteses.
1 º Existe um Deus justo, bom e que é representado pela expressão "Deus é amor";
2º Ao morrer, a alma de uma pessoa ou irá para o paraíso ou para o inferno;
3º O inferno é um local de tortura eterna;
3º O paraíso é um local de paz e plenitude eterna.
4º Aos que são bons em vida, suas almas serão enviadas para o paraíso;
5º Aos que fazem o mal e não se arrependem, durante a vida, será condenado ao inferno;
Com essas hipóteses claras, vamos ao paradoxo.
Uma mãe é extremamente caridosa, cheia de amor e compaixão, durante toda vida fez o bem.
Porém, seu filho é extremamente cruel, não respeitava nada nem a ninguém.
Os dois morrem, mas o filho morreu brutalmente sem tempo de se arrepender de seus atos.
Segundo as hipóteses 4 e 5 a alma da mãe foi para o paraíso e a do filho para o inferno.
A mãe não reencontra o filho, então pensa que o mesmo jamais se arrependeu de sua vida de maldades. Logo ela conclui que a alma do filho está no inferno.
Se foi considerado que a mãe é boa, pode a mesma ficar em paz e em plenitude eterna sabendo que o filho que tanto amou em vida terá que passar a eternidade em um estado de tortura?
Se a mãe for capaz de ficar tranquila, sabendo da situação do filho, então teremos que admitir que a mesma não era verdadeiramente boa, logo ela não poderá estar no paraíso.
Mas se ela for verdadeiramente boa, então ela irá passar toda a eternidade sofrendo por saber a condição em que seu filho se encontra, assim o paraíso acabaria se tornando um inferno para ela.
Note que se admitirmos que o inferno é na verdade um estado pelo qual a alma deva passar para se redimir dos pecados cometidos, mas por um tempo finito, então as hipóteses de Deu e de paraíso podem se manter como verdadeiras. Do contrário, a existência de um inferno de torturas eternas implica na não existência de um paraíso ou até mesmo de um Deus de amor.
Ou todas as hipóteses apresentadas estão erradas ou o inferno, como fonte de tortura eterna, não existe.
Se bem que um paraíso onde se fica em paz total, sem preocupar-se com nada, só em adoração me parece uma verdadeira tortura. Acho que o melhor caminho para a mãe seria poder ajudar o filho a se redimir, mesmo depois da morte, ou mesmo a ajudar a tantos outros filhos perdidos...
Até a próxima.
Um aviso aos leitores. Nessa postagem quero que encarem o que está escrito aqui mais como um exercício de construção lógica do que religiosa. Comentários sempre são bem vindos, desde que respeitem a opinião aqui apresentada e de outros, pois não tenho a intenção de ofender as crenças e visão de ninguém. Críticas construtivas são sempre bem vinda. Comentários anônimos não serão aceitos.
O paradoxo da mãe boa e a não existência do inferno do medievo.
Antes de mais nada, o que é um paradoxo?
No google, digitando "define:paradoxo", uma definição que será encontada é:
"Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum..." (pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxo)
Antes de apresentar o problema é preciso deixar claro algumas hipóteses.
1 º Existe um Deus justo, bom e que é representado pela expressão "Deus é amor";
2º Ao morrer, a alma de uma pessoa ou irá para o paraíso ou para o inferno;
3º O inferno é um local de tortura eterna;
3º O paraíso é um local de paz e plenitude eterna.
4º Aos que são bons em vida, suas almas serão enviadas para o paraíso;
5º Aos que fazem o mal e não se arrependem, durante a vida, será condenado ao inferno;
Com essas hipóteses claras, vamos ao paradoxo.
Uma mãe é extremamente caridosa, cheia de amor e compaixão, durante toda vida fez o bem.
Porém, seu filho é extremamente cruel, não respeitava nada nem a ninguém.
Os dois morrem, mas o filho morreu brutalmente sem tempo de se arrepender de seus atos.
Segundo as hipóteses 4 e 5 a alma da mãe foi para o paraíso e a do filho para o inferno.
A mãe não reencontra o filho, então pensa que o mesmo jamais se arrependeu de sua vida de maldades. Logo ela conclui que a alma do filho está no inferno.
Se foi considerado que a mãe é boa, pode a mesma ficar em paz e em plenitude eterna sabendo que o filho que tanto amou em vida terá que passar a eternidade em um estado de tortura?
Se a mãe for capaz de ficar tranquila, sabendo da situação do filho, então teremos que admitir que a mesma não era verdadeiramente boa, logo ela não poderá estar no paraíso.
Mas se ela for verdadeiramente boa, então ela irá passar toda a eternidade sofrendo por saber a condição em que seu filho se encontra, assim o paraíso acabaria se tornando um inferno para ela.
Note que se admitirmos que o inferno é na verdade um estado pelo qual a alma deva passar para se redimir dos pecados cometidos, mas por um tempo finito, então as hipóteses de Deu e de paraíso podem se manter como verdadeiras. Do contrário, a existência de um inferno de torturas eternas implica na não existência de um paraíso ou até mesmo de um Deus de amor.
Ou todas as hipóteses apresentadas estão erradas ou o inferno, como fonte de tortura eterna, não existe.
Se bem que um paraíso onde se fica em paz total, sem preocupar-se com nada, só em adoração me parece uma verdadeira tortura. Acho que o melhor caminho para a mãe seria poder ajudar o filho a se redimir, mesmo depois da morte, ou mesmo a ajudar a tantos outros filhos perdidos...
Até a próxima.
domingo, 11 de julho de 2010
Barra de progresso com Tkinter.
Olá a Todos, escrevi uma classe em Python que implementa uma janela de barra de progresso usando Tkinter.
Na figura abaixo está a aparência final da barra de progresso.
Aqui vai o exemplo para gerar a imagem acima:
from barra_progresso import * #Classe contendo a barra de progresso
from Tkinter import *
root=Tk()
O = PB(root,500,'Teste')
for i in range(501):
O.Barra(i)
Agora vem o mais importante de tudo, o código fonte contendo a classe PB:
#!/usr/bin/env python
# -*- coding: utf-8 -*-
#Barra de progresso usando Tkinter.
#Copyright 2010 Eduardo S. Pereira.
#Distribuido sobre a licença Lesser General Public License v3.2007
# http://www.gnu.org/copyleft/lesser.txt
from Tkinter import *
class PB:
'''Classe PB - Progress Bar ( Barra de progresso), Abre uma janela em Tkinter
que gera uma barra de progresso.
___init__(self,Win,Tot,Info)
Win:Janela principa
Tot: Numero total de passo no loop
Info: string contendo informacoes sobre o que e calculado no loop
Barra(self,i):
i: Valor atual da posição do loop
Exe:
root=Tk()
O = PB(root,500,'Texte')
for i in range(1000):
O.Barra(i)
'''
def __init__(self,Win,Tot,Info):
'''Win:Janela principal
Tot: Numero total de passo no loop
Info: string contendo informacoes sobre o que e calculado no loop
'''
self.win = Win
self.win.title("Calculando, Aguarde...")
self.win.geometry("500x100+0+0") #Largura de 800 e altura de 50, no offsets
self.F0 = Frame(self.win)
self.F0.pack()
self.L0 = Label(self.F0,text=Info)
self.L0.pack(anchor='nw')
self.L1 = Label(self.F0)
self.L1.pack(anchor='nw')
self.s=""
self.sp=" "
self.F1 = Frame(self.win)
self.F1.pack()
self.L2 = Label(self.F1,text=self.s,bg="blue")
self.L2.pack(anchor='nw')
self.Per = 100./Tot
self.L3=Label(self.F1,text="|"+99*" "+"|")
self.L3.pack(anchor='nw')
self.L4=Label(self.F1,text=" 1%"+96*" "+"100%")
self.L4.pack(anchor='nw')
def Barra(self,i):
x=self.Per*i
self.s=self.sp*int(x)
self.L2.after(10,self.L2.config(text=self.s))
self.L2.update()
self.L1.config(text=5*" "+str(int(x))+'% de Progresso')
def Sair(self):
self.win.destroy()
Espero que seja útil.
Até a próxima.
Na figura abaixo está a aparência final da barra de progresso.
Aqui vai o exemplo para gerar a imagem acima:
from barra_progresso import * #Classe contendo a barra de progresso
from Tkinter import *
root=Tk()
O = PB(root,500,'Teste')
for i in range(501):
O.Barra(i)
Agora vem o mais importante de tudo, o código fonte contendo a classe PB:
#!/usr/bin/env python
# -*- coding: utf-8 -*-
#Barra de progresso usando Tkinter.
#Copyright 2010 Eduardo S. Pereira.
#Distribuido sobre a licença Lesser General Public License v3.2007
# http://www.gnu.org/copyleft/lesser.txt
from Tkinter import *
class PB:
'''Classe PB - Progress Bar ( Barra de progresso), Abre uma janela em Tkinter
que gera uma barra de progresso.
___init__(self,Win,Tot,Info)
Win:Janela principa
Tot: Numero total de passo no loop
Info: string contendo informacoes sobre o que e calculado no loop
Barra(self,i):
i: Valor atual da posição do loop
Exe:
root=Tk()
O = PB(root,500,'Texte')
for i in range(1000):
O.Barra(i)
'''
def __init__(self,Win,Tot,Info):
'''Win:Janela principal
Tot: Numero total de passo no loop
Info: string contendo informacoes sobre o que e calculado no loop
'''
self.win = Win
self.win.title("Calculando, Aguarde...")
self.win.geometry("500x100+0+0") #Largura de 800 e altura de 50, no offsets
self.F0 = Frame(self.win)
self.F0.pack()
self.L0 = Label(self.F0,text=Info)
self.L0.pack(anchor='nw')
self.L1 = Label(self.F0)
self.L1.pack(anchor='nw')
self.s=""
self.sp=" "
self.F1 = Frame(self.win)
self.F1.pack()
self.L2 = Label(self.F1,text=self.s,bg="blue")
self.L2.pack(anchor='nw')
self.Per = 100./Tot
self.L3=Label(self.F1,text="|"+99*" "+"|")
self.L3.pack(anchor='nw')
self.L4=Label(self.F1,text=" 1%"+96*" "+"100%")
self.L4.pack(anchor='nw')
def Barra(self,i):
x=self.Per*i
self.s=self.sp*int(x)
self.L2.after(10,self.L2.config(text=self.s))
self.L2.update()
self.L1.config(text=5*" "+str(int(x))+'% de Progresso')
def Sair(self):
self.win.destroy()
Espero que seja útil.
Até a próxima.
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Python
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Uma nova foto do Universo.
Hoje resolvi comentar a foto astronômica do dia (http://antwrp.gsfc.nasa.gov/apod/astropix.html) que pode ser vista abaixo:
Essa é a imagem do céu vista na faixa de micro-ondas da radiação eletromagnética. A diferença de cores são apenas para facilitar a visualização.
Só para relembrar, a luz visível corresponde apenas a uma pequena fração do espectro eletromagnético. Na figura abaixo mostra um pouco mais desse espectro de acordo com o comprimento de onda.
Voltando a figura anterior do céu. O mapa foi construído a partir da obervação de um ano de dados obtidos a partir do satélite Planck . A parte mais brilhante do mapa é produzido pela emissão devido a nuvens de gás e partículas contidas na nossa galáxia. Já a outra parte do mapa, com tons mais avermelhados, são produzidos por radiação que tem sua origem no início do universo. A essa radiação damos o nome de Radiação Cósmica de Fundo em Micro-ondas, que em inglês é conhecida como "Cosmic Microwave Background" - CMB. A grande importância dessa radiação é que dela é possível extrair informações de processos físicos que remontam os primórdios do universo, tal como a fase conhecida como inflacionária, onde o universo teria se expandido drasticamente e do próprio Big Bang.
A imagem abaixo é uma representação da evolução do universo
Veja que a radiação em micro-ondas, que dá origem ao mapa no inicio da postagem, foi produzida a mais de 13 bilhões de anos, que na imagem anterior é o que aparece entre as palavras "Inflation" (Inflação em português) e "Dark Age" (Era Cosmológica das Traves, período da história cósmica que eu estudo).
Até a próxima.
Essa é a imagem do céu vista na faixa de micro-ondas da radiação eletromagnética. A diferença de cores são apenas para facilitar a visualização.
Só para relembrar, a luz visível corresponde apenas a uma pequena fração do espectro eletromagnético. Na figura abaixo mostra um pouco mais desse espectro de acordo com o comprimento de onda.
Voltando a figura anterior do céu. O mapa foi construído a partir da obervação de um ano de dados obtidos a partir do satélite Planck . A parte mais brilhante do mapa é produzido pela emissão devido a nuvens de gás e partículas contidas na nossa galáxia. Já a outra parte do mapa, com tons mais avermelhados, são produzidos por radiação que tem sua origem no início do universo. A essa radiação damos o nome de Radiação Cósmica de Fundo em Micro-ondas, que em inglês é conhecida como "Cosmic Microwave Background" - CMB. A grande importância dessa radiação é que dela é possível extrair informações de processos físicos que remontam os primórdios do universo, tal como a fase conhecida como inflacionária, onde o universo teria se expandido drasticamente e do próprio Big Bang.
A imagem abaixo é uma representação da evolução do universo
Veja que a radiação em micro-ondas, que dá origem ao mapa no inicio da postagem, foi produzida a mais de 13 bilhões de anos, que na imagem anterior é o que aparece entre as palavras "Inflation" (Inflação em português) e "Dark Age" (Era Cosmológica das Traves, período da história cósmica que eu estudo).
Até a próxima.
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Astrofísica
terça-feira, 6 de julho de 2010
Veja eclipse total pela internet
Recebi hoje por e-mail do grupo Clube de Astronomia do yahoo a notícia de que no dia 11 de julho irá ser transmitido on-line, diretamente da ilha de Páscoa (chile) um eclipse total "2010 Total Solar Eclipse". Esse trabalho será realizado pelo grupo Ciclope
O Grupo Ciclope , da Faculdade de Computação da Universidade Politécnica de Madrid, dirigido pelo Professor Francisco Manuel Sánchez Moreno, em colaboração com a Associação Shelios da Comunidade de Canarias.
Os seguinte sites irão transmitir o eclipse são:
http://www.eclipsesolar.es/index_en.html
http://www.solareclipse.es/index_en.html
http://www.solareclipse.eu/index_en.html
Veja que faltam apenas
para esse envento.
Os detalhes podem ser encontrados em:
Em espanhol::
https://docs. google.com/ Doc?docid= 0ASGf-8RyKFKXZGZ mNnRxM2pfNzhmcGh 3eGpncw&hl= es
Em inglês::
https://docs. google.com/ Doc?id=dff6tq3j_ 87ft42wbch
Também recomendo o site:
http://om.fi.upm.es/CiclopeAstro/?locale=es#home
Abraço e até a próxima
O Grupo Ciclope , da Faculdade de Computação da Universidade Politécnica de Madrid, dirigido pelo Professor Francisco Manuel Sánchez Moreno, em colaboração com a Associação Shelios da Comunidade de Canarias.
Os seguinte sites irão transmitir o eclipse são:
http://www.eclipsesolar.es/index_en.html
http://www.solareclipse.es/index_en.html
http://www.solareclipse.eu/index_en.html
Veja que faltam apenas
[clock1] |
Os detalhes podem ser encontrados em:
Em espanhol::
https://docs. google.com/ Doc?docid= 0ASGf-8RyKFKXZGZ mNnRxM2pfNzhmcGh 3eGpncw&hl= es
Em inglês::
https://docs. google.com/ Doc?id=dff6tq3j_ 87ft42wbch
Também recomendo o site:
http://om.fi.upm.es/CiclopeAstro/?locale=es#home
Abraço e até a próxima
sábado, 3 de julho de 2010
AnyRemote control, controle o computador pelo celular via bluetooth
Essa é uma dica para quem usa linux. O programa anyRemote permite que você controle componentes como Rhythymbox (tocador de mp3), openoffice e outros componentes através do celular que suporta java. Eu testei com o Ubuntu 10.04 e um celular Nokia e62. Simplesmente de mais.
No meu caso, eu instalei com o comando:
sudo apt-get install ganyremote
Pois uso gnome. Para kde a versão é
sudo apt-get install kanyremote
Após instalar, digite no terminal o comando ganyremote (kanyremote) E vai aparecer a tela informando que é a primeira vez que se roda o anyRemote e pede para configura-lo. O programa te dará a opção de enviar a versão .jar para o celular onde será instalado o controlador.
Todos os detalhes do programa estão no seguinte link:
http://anyremote.sourceforge.net/docs.html
Para outros sabores de linux ver a seguinte página:
http://anyremote.sourceforge.net/dload.html
Outro detalhe importante, na página do programa recomenda-se, no caso de celulares nokia, usar a versão do cliente java com 64x64 title icon.
No meu caso, eu instalei com o comando:
sudo apt-get install ganyremote
Pois uso gnome. Para kde a versão é
sudo apt-get install kanyremote
Após instalar, digite no terminal o comando ganyremote (kanyremote) E vai aparecer a tela informando que é a primeira vez que se roda o anyRemote e pede para configura-lo. O programa te dará a opção de enviar a versão .jar para o celular onde será instalado o controlador.
Todos os detalhes do programa estão no seguinte link:
http://anyremote.sourceforge.net/docs.html
Para outros sabores de linux ver a seguinte página:
http://anyremote.sourceforge.net/dload.html
Outro detalhe importante, na página do programa recomenda-se, no caso de celulares nokia, usar a versão do cliente java com 64x64 title icon.
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Celular
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Reconstruíndo a história cósmica através das ondas gravitacionais.
Nessa postagem irei apresentar o resumo do meu artigo publicado em fevereiro de desse ano na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, cujo o título é "Stochastic background of gravitational waves generated by pre-galactic black holes". As versões on-line podem ser vista clicando nos links abaixo:
http://www3.interscience.wiley.com/journal/122671111/abstract
http://arxiv.org/abs/0909.4252
Em linha gerais, nesse trabalho foi calculado o sinal resultante da emissão de ondas gravitacionais por diversos buracos negros, que são formados no instante em que estrelas morrem. Para isso, o primeiro passo foi modelar o processo de formação estelar em escala cosmológica. Nesse caso foi utilizado o cenário hierárquico de formação de estruturas, em que objetos como galáxias e aglomerado de galáxias são formados pela fusão de objetos menores (pré-galácticos), tendo como base o formalismo tipo Press-Schechter. Também foi adotada uma cosmologia LCDM ( Constante cosmológica mais matéria escura fria).
Abaixo segue o resumo em inglês do trabalho:
http://www3.interscience.wiley.com/journal/122671111/abstract
http://arxiv.org/abs/0909.4252
Em linha gerais, nesse trabalho foi calculado o sinal resultante da emissão de ondas gravitacionais por diversos buracos negros, que são formados no instante em que estrelas morrem. Para isso, o primeiro passo foi modelar o processo de formação estelar em escala cosmológica. Nesse caso foi utilizado o cenário hierárquico de formação de estruturas, em que objetos como galáxias e aglomerado de galáxias são formados pela fusão de objetos menores (pré-galácticos), tendo como base o formalismo tipo Press-Schechter. Também foi adotada uma cosmologia LCDM ( Constante cosmológica mais matéria escura fria).
Abaixo segue o resumo em inglês do trabalho:
In this work, we consider the stochastic background of gravitational waves (SBGWs) produced by pre-galactic stars, which form black holes in scenarios of structure formation. The calculation is performed in the framework of hierarchical structure formation using a Press-Schechter-like formalism. Our model reproduces the observed star formation rate at redshifts z <~ 6.5. The signal predicted in this work is below the sensitivity of the first generation of detectors but could be detectable by the next generation of ground-based interferometers. Specifically, correlating two coincident advanced Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO) detectors (LIGO III interferometers), the expected signal-to-noise ratio (S/N) could be as high as 90 (10) for stars forming at redshift z ~= 20 with a Salpeter initial mass function with slope x = 0.35 (1.35), and if the efficiency of generation of gravitational waves, namely, ɛGW is close to the maximum value ~7 × 10-4. However, the sensitivity of the future third generation of detectors as, for example, the European antenna EGO could be high enough to produce S/N > 3 same with ɛGW ~ 2 × 10-5. We also discuss what astrophysical information could be derived from a positive (or even negative) detection of the SBGWs investigated here.
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Astrofísica
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Buracos Negros, quando o espaço-tempo se rompe.
A ideia de buracos negros não é algo recente. Laplace em 1798, usando conceitos de mecânica clássica, sugeriu que objetos com a mesma densidade que o sol, porém com raio 250 vezes maior, teria um campo gravitacional tão intenso que nem mesmo a luz poderia escapar. Ele chegou a essa conclusão partindo da seguinte hipótese.
Considere um corpo de massa m e velocidade v a uma distância r do centro do planeta. A massa do planeta é dada por M. A energia total que o corpo de massa m terá, usando o princípio de conservação de energia, é dada por:
Em que G é a constante gravitacional. Para obter a velocidade de escape, ou seja, a velocidade inicial que o corpo precisa ter para escapar do planeta, considera-se v → 0 quando r → ∞. Com isso, chega-se a:
sendo vesc a velocidade de escape. Para encontrar o raio do “buraco negro” considera-se que a velocidade que um objeto precisa ter para escapar do planeta seja igual a velocidade da luz. Assim, o raio que esse planeta terá será dado por:
A equação anterior é conhecida como raio de Schwarzschild, que descreve o raio de um buraco negro. Karl Schwarzschild foi um físico astrônomo alemão que encontrou solução para a equação de campo de Einstein para em um espaço isotrópico e vazio, cercando um corpo de massa M. Em sua solução, existia um ponto em que a curvatura do espaço-tempo tende a infinito. Esse ponto é determinado pela equação (2), que é interpretado como o raio do horizonte de eventos de um buraco negro, ou seja, é a região que delimita o contato do mundo externo com o buraco negro. Um corpo que ultrapasse esse ponto não mais retornará ao universo externo.
O próprio Einstein, a princípio, acreditou que buracos negros não poderiam realmente existir na natureza, mas com o desenvolvimento da mecânica quântica, que ajudou a compreender melhor o processo de evolução estelar, ficou claro que fenômenos astrofísicos seriam capazes de produzir tal objeto.
No interior de uma estrela, existem dois processos em competição, a pressão de radiação, que empurra as camadas da estrela para fora, e a pressão gravitacional, que segura às camadas, pressionado no sentido contrario ao da radiação.
Enquanto existir equilíbrio entre essas duas forças, a estrela permanece estável. Porém, no final de sua vida, o equilíbrio acaba. O que irá acontecer com a estrela irá depender de sua massa inicial. Se a mesma tiver entre 1 a 8 vezes a massa solar, o resultado final será uma anã branca. Já para o caso de estrelas com massa entre 8 - 20 massas solares, a remanescente será uma estrela de nêutrons. Mas para o caso de estrelas com massa maior que 25 massas solares o objeto remanescente será um buraco negro.
Mas como é mesmo um buraco negro?
Na figura abaixo está representado o esquema de um buraco negro.
No centro existe um ponto em que a densidade de matéria é infinita, que é a singularidade. Na região esférica com raio de Schwarzschild é o chamado horizonte de evento. E a camada amarela é conhecida como fotosfera. Que é um ponto em que os fótons, ao entrarem, ficam circulando não caem no buraco negro, mas também não escapam para o exterior. Já a partir de três vezes o raio de Schwarzschild, as orbitas são estáveis.
Uma forma de observar tais objetos é através do efeito de lente gravitacional que o mesmo produz.
Na figura abaixo está ilustrado tal situação:
Mas um buraco negro não é caracterizado só pela massa, mas sim por mais duas propriedades: a carga e o momento angular (rotação).
Abaixo está ilustrado o buraco negro com rotação:
Nesse caso, a singularidade possui forma de anel. Estarão presentes dois horizontes de evento, um interno e outro externo. Além de ter uma região conhecida como ergosfera, que é um ponto em que se um objeto entrar, ainda pode sair.
Já abaixo, está representado um buraco negro com carga:
Nesse caso também existem dois horizontes de evento, um interno e outro externo.
O interessante nesses dois últimos casos é que, se a rotação do buraco negro ou a carga aumentarem muito, o horizonte interno irá aumentar o seu raio enquanto o horizonte externo diminui. Por fim, chegará um momento em que os dois horizontes se encontraram e acabaram por se anular. Isso deixaria a singularidade exposta. O que para muitos seria um problema, pois um ponto singular representa a ruptura do espaço-tempo, e o contato do universo externo a tal ponto pode trazer sérios problemas para a física. Já para outros cientistas, isso não seria muito trágico, pois o que na relatividade geral é tratado como um ponto singular, numa teoria quântica da gravitação, tal ponto seria uma partícula que possui grandes valores de carga, massa e momento angular. Outros ainda conjecturam que na natureza deve existir alguma lei que proíbe singularidades nuas. Mas a verdadeira resposta ainda está por vir.
Buracos Negros, quando o espaço-tempo se rompe. de Eduardo S. Pereira é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Compartilhamento pela mesma licença 3.0 Brasil.
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Gravitação
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Circuito integrado 555.
Olá estou disponibilizando um programa, que escrevi em python, que auxilia no estudo do circuito integrado (CI) 555. Se chama Py555 e nele tem informações sobre as funções dos terminais do CI e seu funcionamento, além de exemplos do seu uso como Temporizador e Oscilador e também tem a função calculadora para esses dois casos. Abaixo segue a figura de como ficou o programa e o link para baixa-lo. Para quem quiser saber mais sobre o 555 clique aqui e baixe esse arquivo bem interessante em pdf. Clique aqui para ter acesso a um material que descreve 50 circuitos com o 555.
A sequencia par download é:
1) Para linux (Debian, Ubuntu...): Py555_10_all.deb
2) Para o Windows (não é necessário ter python instalado): setup_Py555_1.exe
3) Código fonte: codigo fonte
Abaixo estão as imagens a versão final do programa:
a) Tela principal.
b) Exemplo de uso como temporizador:
c) Exemplo de uso como oscilador:
Até a próxima.
A sequencia par download é:
1) Para linux (Debian, Ubuntu...): Py555_10_all.deb
2) Para o Windows (não é necessário ter python instalado): setup_Py555_1.exe
3) Código fonte: codigo fonte
Abaixo estão as imagens a versão final do programa:
a) Tela principal.
b) Exemplo de uso como temporizador:
c) Exemplo de uso como oscilador:
d) Calc MMA: Calculadora Multivibrador Monoestável e Astável. Calculadora que auxilia na criação de projetos baseados no 555:
Até a próxima.
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Python
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Curvatura do Espaço-tempo
No post "Gravidade, dominando em grande escala", foi apresentado que a gravidade é a resposta do espaço-tempo à presença de matéria e energia no mesmo. Agora, tentarei deixar isso um pouco mais claro.
Parafraseando Newton, na ciência experimental não existe lugar para meras especulações, ou seja, uma teoria precisa ser validada pelas observações. Então, se o espaço-tempo interage com a matéria, como se pode observar esse efeito?
Para entender melhor, veja a descrição de um triângulo em fundos geométricos bidimensionais com características diferentes.
Clique em "play "para iniciar a animação. Ao terminar o desenho do primeiro triângulo clique "play". Siga esse procedimento até terminar os três casos. No fim irá aparecer "home". Clique em "home" para reiniciar a animação.
Se não conseguir visualizar, Clique aqui
Se não conseguir visualizar, Clique aqui
Para o fundo plano, ou seja, na geometria euclidiana, a soma dos ângulos internos do triangula é 180º. Já para o fundo hiperbólico, a soma dos ângulos internos do triângulo é menor que 180º, enquanto que para o caso da superfície esférica, a soma dos ângulos internos é maior que 180º.
Considere agora que a nave usada no princípio da equivalência esteja viajando em direção ao centro da terra. Também que o observador lá dentro possua equipamentos sensíveis.
Nesse caso, a variação do campo gravitacional é importante. O observador irá soltar dois corpos e fará medidas das posição relativas entre os mesmos. A pessoa irá notar, que os corpos irão se aproximar à medida que caem.
Mas se a nave estiver em um ponto do espaço, onde a variação do campo gravitacional for desprezível e a mesma estiver com aceleração igual a da gravidade da terra, o observador irá ver os dois objetos caírem, mas a distância relativa entre eles não será alterada.
A diferença entre os dois casos ocorre pelo seguinte fato. Tal como a soma dos ângulos internos do triângulo são dependentes da geometria, o caminho percorrido (ou geodésica ) pelos objetos também o será. A equação que mostra a relação entre o espaço-tempo e matéria-energia é a equação de campo de Einstein:
Essa equação tem a seguintes interpretações:
a) Lendo-a da direita para esquerda: Um objeto massivo (sol) curva o espaço-tempo a sua volta;
b) Lendo-a da esquerda para direita: Uma partícula teste (terra) irá se mover segundo a curvatura do espaço-tempo;
De modo geral, o lado esquerdo da equação anterior representa a geometria do espaço tempo, em que o termo Gμν é conhecido como tensor de Einstein. Já o lado direito representa a matéria-energia dado pelo tensor energia momento Tμν , G é a constante gravitacional e c a velocidade da luz. Vale lembrar que antes Einstein já havia descrito a seguinte relação:
a) Lendo-a da direita para esquerda: Um objeto massivo (sol) curva o espaço-tempo a sua volta;
b) Lendo-a da esquerda para direita: Uma partícula teste (terra) irá se mover segundo a curvatura do espaço-tempo;
De modo geral, o lado esquerdo da equação anterior representa a geometria do espaço tempo, em que o termo Gμν é conhecido como tensor de Einstein. Já o lado direito representa a matéria-energia dado pelo tensor energia momento Tμν , G é a constante gravitacional e c a velocidade da luz. Vale lembrar que antes Einstein já havia descrito a seguinte relação:
Em que massa e energia são equivalentes.
Testes Observacionais da Teoria Geral da Relatividade
Existem diversos experimentos que mostram a validade da Teoria Geral da Relatividade. Aqui serão apresentados dois casos. O primeiro é o teste da curvatura do espaço tempo gerado pela massa do sol. Já o segundo teste é o do avanço do periélio de Mercúrio.
Na animação abaixo está o primeiro exemplo.
Clique em "play" para iniciar a animação e "home" para reinicia-lá.
Se não conseguir visualizar a animação, Clique aqui
Se não conseguir visualizar a animação, Clique aqui
Tal experimento ocorre da seguinte forma, durante um eclipse, mede-se a posição aparente de uma estrela. A questão de ser um eclipse é que durante esse evento é possível observar estrela próximas a coroa solar. Após seis meses, mede-se de novo a posição da estrela. O que se observa é que, durante o eclipse, a estrela irá parecer mais distante, ou seja, sua posição irá sofrer um desvio. Tal experimento foi primeiramente realizado pelo inglês sir Arthur S. Eddington em 1919.
Já na animação abaixo está representado o movimento de Mercúrio de acordo com as leis de Newton (lado esquerdo) e a teoria de Einstein (lado direito).
Se não conseguir visualizar a animação, clique aqui.
É importante destacar que o avanço do periélio de Mercúrio já era conhecido desde 1859, pois o mesmo já tinha sido detectado pelo Frances Urbain Jean Joseph Le Verrier.
Além disso, a Teoria Geral da Relatividade abril espaço para o melhor entendimento da origem e evolução do Universo, sendo base para a cosmologia moderna. Também foi com o usa dessa teoria que se foi capaz de prever a existência de objetos astrofísicos com propriedades até então inimagináveis, os chamados buracos negros, do qual será tratado no próximo artigo.
Curvatura do Espaço-tempo by Eduardo S. Pereira is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil License.
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Gravitação
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Gravidade, dominando em grande escala:
A partir dessa postagem irei publicar uma série de artigos sobre gravitação.
Minha motivação para isso veio da seguinte questão que me fizeram:
Se o Universo está em expansão, para onde ele se expande?
Para entender o significado de expansão do universo é importante compreender um pouco mais sobre a dinâmica do espaço tempo e o papel da gravitação na mesma. Ao final dessa série espero que essa questão fique mais clara para quem os ler.
Um dos grandes feitos de Newton foi unificar o que ocorre no plano celeste com o terrestre, ao formular os princípios de gravitação universal e ao definir as leis do movimento e da atração. Tais assuntos estão reunidos em sua grande obra Princípios Matemáticos da Filosofia Natural. Porém, as leis de Newton são válidas para uma situação especial, que é a do referencial inercial. Além disso, Newton deixou claro no final do “Principia” que, apesar de compreender os efeitos da gravidade ele não era capaz de explicar o que ela era ou sua causa. Isso é observado no seguinte trecho de sua obra (NEWTON, 1871): “até aqui não pude descobrir a causa dessas propriedades da gravidade a partir dos fenômenos, e não faço nenhuma hipótese; pois o que quer que seja que não seja deduzido dos fenômenos, deve ser chamado de hipótese; e hipóteses, sejam metafísicas ou físicas, sejam de qualidades ocultas ou mecânicas, não tem lugar na filosofia experimental.”
Minha motivação para isso veio da seguinte questão que me fizeram:
Se o Universo está em expansão, para onde ele se expande?
Para entender o significado de expansão do universo é importante compreender um pouco mais sobre a dinâmica do espaço tempo e o papel da gravitação na mesma. Ao final dessa série espero que essa questão fique mais clara para quem os ler.
Mas o que é mesmo a gravidade?
Um dos grandes feitos de Newton foi unificar o que ocorre no plano celeste com o terrestre, ao formular os princípios de gravitação universal e ao definir as leis do movimento e da atração. Tais assuntos estão reunidos em sua grande obra Princípios Matemáticos da Filosofia Natural. Porém, as leis de Newton são válidas para uma situação especial, que é a do referencial inercial. Além disso, Newton deixou claro no final do “Principia” que, apesar de compreender os efeitos da gravidade ele não era capaz de explicar o que ela era ou sua causa. Isso é observado no seguinte trecho de sua obra (NEWTON, 1871): “até aqui não pude descobrir a causa dessas propriedades da gravidade a partir dos fenômenos, e não faço nenhuma hipótese; pois o que quer que seja que não seja deduzido dos fenômenos, deve ser chamado de hipótese; e hipóteses, sejam metafísicas ou físicas, sejam de qualidades ocultas ou mecânicas, não tem lugar na filosofia experimental.”
Só mais tarde, a gravitação pode realmente ser entendida, graças à formulação de Einstein da Teoria Geral da Relatividade. Além disso, a leis de Newton são válidas somente para os casos de referencias inerciais. Outro aspecto importante é que a gravitação é a única força que opera a grandes distâncias, logo é o entendimento da força gravitacional que permite ter uma visão do comportamento do universo em grande escala.
Gravitação, uma nova visão
A motivação para a reestruturação da gravitação newtoniana, com a finalidade de torná-la em acordo com relatividade especial, é evocada por Einstein da seguinte forma:
Quando em 1907, eu trabalhava num artigo de síntese sobre a teoria da Relatividade Restrita para o Jahrbuch der Radioaktivität und Elektronik, tive também que tentar modificar a teoria newtoniana da gravitação, de modo que suas leis se ajustassem à teoria da Relatividade Restrita.[...] Então me ocorreu o “glücklichste gedanke meines lebens” [pensamento mais feliz de minha vida], da seguinte forma: O campo gravitacional tem apenas uma existência relativa, de algum modo semelhante ao campo elétrico gerado por indução magnetoelétrica. Porque para um observador que cai livremente do telhado de uma casa não existe -pelo menos no ambiente imediato- campo gravitacional. Na realidade, se este observador deixar cair alguns corpos, estes permanecerão, em relação a ele, em estado de repouso ou de movimento relativo uniforme, independente da natureza física ou química de cada um (...) (PAIS, 1982).
Este pensamento descreve um dos cinco princípios em que está fundamentada a teoria da Relatividade Geral. Isto é, o Princípio da Equivalência. Em outras palavras, o que este princípio diz é: O movimento de uma partícula teste em um campo gravitacional é independente de sua massa e composição. O campo gravitacional está acoplado a tudo, e um observador em queda livre não consegue distinguir se está na presença de um campo gravitacional genuíno ou em um referencial uniformemente acelerado. Veja que dentro dessa visão, a gravitação comporta-se como uma força de inércia, que na literatura é muitas fezes conhecida como pseudo-força ou força fictícia. Na figura abaixo se encontra um exemplo desse princípio. Os efeitos sofridos na bola, percebido pela astronauta são iguais nas duas situações, pois no caso da nave que está longe da em movimento, a sua aceleração é equivalente a aceleração gravitacional de um objeto na superfície da Terra.
Além disso, nesse contexto está inserido o fato de que a massa inercial mi de um corpo, dado pela segunda lei de Newton (F= a.mi), é equivalente a massa gravitacional. Como exemplo, considere um corpo de massa mi que está em queda livre na superfície da Terra. A força atrativa que a Terra exerce sobre o corpo é:
(1)
Onde o índice g denota massa gravitacional, G é a constante gravitacional, MgT é a massa gravitacional da Terra, mg é a massa gravitacional do corpo em queda livre e r é a distância entre a Terra e o corpo. Mas pela segunda lei de Newton, pode-se escrever:
(2)
Assim, a aceleração que o corpo sofre é dada por:
(3)
Mas já era fato, desde Galileu, que a aceleração da gravidade é a mesma para todos os corpos. Experimentos realizados em 1971 por Braginsky e Panov mostraram que a massa inercial é equivalente a massa gravitacional, com precisão de 10-12 (NUSSENZVEIG, 2002).
O Princípio de Mach: O espaço e o tempo não são absolutos
Outro pilar da Teoria Geral da Relatividade é o princípio de Mach. Na visão newtoniana, espaço é absoluto, permanecendo sempre o mesmo sem ter relação com qualquer objeto externo. Sendo que os movimentos absolutos se distinguem dos movimentos relativos pelos efeitos de força inercial. Mas Mach contesta essa visão absolutista, dizendo que só existe movimento relativo, que não importa se é a terra que gira entorno de seu eixo, ou se está parada enquanto as estrelas fixas giram ao seu redor.
Para melhor entender isso, consideraremos o experimento do balde, ilustrado na figura abaixo, que foi proposto por Newton.
Os passos do experimento são os seguintes:
1. Inicialmente, um balde com água é suspenso por uma corda que sofre uma torção.
2. Deixa-se que todo o sistema fique em repouso. Então, solta-se o balde e o mesmo começa a girar. Porém, a água que está dentro continua em repouso e sua superfície permanece plana.
3. Devido a efeitos de fricção, a rotação do balde é transmitida para a água. Então, devido à força centrífuga, as moléculas do centro são empurradas para fora e a superfície da água se torna côncava, assumindo uma forma parabólica.
4. Eventualmente o balde irá parar, mas a água ainda permanecerá girando por um tempo, sendo que sua superfície irá continuar côncava.
5. Finalmente a água irá retornar ao repouso e sua superfície irá ficar plana.
Para Newton, a curvatura que surge na superfície da água, na fase dois e três do experimento, aparece devido a efeitos centrífugos causados pela rotação da água em relação ao espaço absoluto. Note que a curvatura da água não está diretamente relacionada a considerações locais, pois mesmo quando o balde para de girar, a água irá continuar girando e sua superfície será côncava.
Mas para Mach, a visão é outra. Para ele, não existe o conceito de movimento, mas sim o de movimento relativo. Por exemplo, para um corpo que esteja em um universo vazio não se pode dizer que o mesmo está em movimento, pois como não existe mais nada, o movimento do corpo não pode ser referenciado. Porém, para um universo preenchido, existe a interação com toda a matéria, via força gravitacional, que é a fonte dos efeitos inerciais. Tal como o que provoca a curvatura da superfície da água em rotação, mesmo quando o balde para de se mover. Em nosso universo, o grosso de matéria está nas chamadas estrelas fixas. Então, na visão machiana, um referencial inercial é um referencial que está em algum estado privilegiado de movimento, com relação ao movimento médio das estrelas fixas. Logo, são as estrelas fixas, através de sua massa, distribuição e movimento, que determinam o referencial inercial local.
Sendo mais direto, o que o princípio de Mach diz é: a distribuição de matéria no universo é quem determina a geometria, e que um corpo em um universo vazio não possui propriedades inerciais. Logo, a gravitação é a resposta que o espaço fornece à presença de matéria e energia contida no mesmo no mesmo.
Uma única entidade: Espaço-Tempo
A inclusão do tempo ao espaço foi primeiramente apresentada por Minkowski, em 1908. Em seu trabalho, o conceito de espaço e tempo foi apresentado como sendo uma entidade única, sendo constituído por três dimensões espaciais e uma temporal. Isso ampliou o trabalho de Einstein sobre a teoria da relatividade restrita.
Além desses dois princípios (o de Mach e da Equivalência), a Teoria Geral da Relatividade conta com mais três outros princípios, que dizem o seguinte: Principio da covariância - todo observador é equivalente; Principio de acoplamento gravitacional mínimo – Em coordenadas geodésicas locais, as equações de movimento são as da Relatividade Especial; Princípio da correspondência – Uma nova teoria precisa ser consistente com uma dada teoria anterior, dentro dos seus limites de validade.
Gravidade, dominando em grande escala: de Eduardo S. Pereira é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Compartilhamento pela mesma licença 3.0 Brasil.
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